Educação Midiática: pensamento crítico e compromisso ético da escola

O terceiro dia do Fórum trouxe reflexões atuais, com destaque para os canais de divulgação de notícias e o perigo das fake news.

Imagem: quatro pessoas sentadas em cadeiras em um palco durante o 4º Fórum Internacional Senac de Educadores. Ao fundo, há um painel azul com o logotipo do Senac no canto superior esquerdo e o título do evento centralizado.

Você consegue identificar quando uma notícia é falsa? Costuma checar as informações duvidosas que recebe?

Nem sempre é fácil se dar conta sobre a veracidade de uma informação. Às vezes, elas chegam de fontes aparentemente confiáveis, mas, na verdade, escondem a intenção de enganar e propagar mentiras. Hoje em dia, tudo deve ser questionado.

Abordar o tema fake news é falar de uma indústria de notícias falsas. Por isso, é tão necessário empenhar esforços para combatê-las. Parte desse desafio está na escola, lugar estratégico para ações de letramento digital e midiático.

A mesa, intitulada "Educação Midiática: pensamento crítico e compromisso ético da escola frente ao papel da mídia", aconteceu no terceiro dia do Fórum Internacional Senac de Educadores 2023. Especialistas nas área de mídias e da educação se reuniram para a conversa.

Continue a leitura para acompanhar os destaques da conversa! 

Educação midiática: ética e pensamento crítico na escola


Participaram:

Eugênio Bucci, professor titular da Escola de Comunicações e Artes (USP), coordenador acadêmico da Cátedra Oscar Sala e superintendente de Comunicação Social da USP. É membro do Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog, do Conselho Administrativo do Colégio Santa Cruz de São Paulo e do Conselho Consultivo da Aberje.

Fabiana Moraes, jornalista, professora e pesquisadora do Núcleo de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (NDC/UFPE). É colunista do The Intercept.

Cátia Lassalvia, docente na área de Comunicação Digital no Senac Lapa Scipião, professora doutora pela Unicamp/Université de Lille (França) e pesquisadora do grupo MiDiTeS /Unicamp.

A mediação foi de Wilson Krette Júnior, graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, especialista em Gestão Educacional, mestre em Letras e doutor em Educação, Arte e História da Cultura. É pesquisador na área de comunicação, formação cultural e gestão educacional.

Jornalismo inclui, mas também pode excluir 

Educadora e com vasta experiência em veículos de comunicação, especialmente em Pernambuco, Fabiana Moraes dá exemplos que ajudam a entender o poder da mídia na construção da cidadania.

Um dos recortes que ela faz é para a visão preconceituosa sobre a população nordestina, de que seriam pessoas em constante tutela. Isso, segundo ela, devido às pautas e ao espaço que o Nordeste ocupa nos meios de comunicação.

Portanto, para Fabiana, o jornalismo pode ser um lugar de privilégio ou de desprestígio. Os meios de produção e divulgação de notícias têm o poder de dar voz e visibilidade a quem julgarem interessante. E dentro de direcionamentos pré-definidos.

Essa dinâmica da informação interfere diretamente na construção e no fortalecimento das cidadanias, do empoderamento, da emancipação de comunidades.

Ela afirma que, dentro e fora das salas de aula, o letramento digital passa pelo fazer jornalístico. 

 

Letramento midiático no combate às fake news 

Eugênio Bucci se aprofundou na questão ética, hoje tão atingida com a disseminação de fake news. Ou, como ele reforça, mais do que falsas, são notícias fraudulentas.

Para Eugênio, o período escolar é bem rico para o aprendizado e o exercício da ética, porque é onde ocorrem as primeiras experiências em grupo. E são vivências que ensinam, porque faltar com a ética traz consequências.

Ele diz que também entende que o letramento midiático deve transitar pelos espaços da escola.

 

Falar a língua que jovens e adolescentes entendem 

Catia diz que a escola não é a única na educação midiática, mas acredita que tem papel essencial nesse letramento.

Para ela, há um grande desafio nisso, porque o debate nos espaços escolares exige falar a linguagem de jovens e adolescentes, para que se identifiquem.

Catia chama a atenção para a continuidade desse debate, pois surgirão outras necessidades ao longo do tempo. Afirma também que os letramentos são muitos, e todos se fundem em algum momento.

Ela cita quatro pilares para que essa dinâmica ganhe eficiência, e reforça a necessidade de colocar ações em prática. 

Fórum Internacional Senac de Educadores 

Com edições anuais, o evento é um convite para profissionais da educação participarem de debates e rodas de conversa temáticas para refletir sobre o universo da educação.

E aí, gostou de saber um pouco mais sobre o terceiro dia do 4º Fórum Internacional Senac de Educadores? Assista a conversa na íntegra!

 

BARRA DE PROGRESSO - FINAL DO CONTEÚDO

Ir ao topo