Gamificação na educação: conheça as vantagens de unir jogos e ensino

Embora pareça recente, o uso de jogos e técnicas de gamificação na educação acontece há bastante tempo. Essa abordagem lúdica é comum nas aulas do ensino infantil por trazer dinamismo e incentivar a participação dos estudantes nas atividades.

Esse método de ensino não é destinado apenas às crianças. Pelo contrário, sua utilização pode ser realizada em diversos ambientes educativos. Independentemente do local, o método ajuda a instigar adolescentes, adultos e idosos a desenvolver novas habilidades. Mas, afinal, o que é gamificação na educação? Continue a leitura para descobrir! 

O que é gamificação na educação? 

O termo vem do inglês - gamification - e representa a transformação de recursos em jogos. Portanto, a gamificação na educação é a aplicação de elementos comumente associados a games, eletrônicos ou não, para desenvolver atividades com diferentes objetivos de aprendizagem.

Ela faz parte das metodologias ativas de ensino e incentiva os estudantes a aprenderem de forma independente e participativa. Desta forma, se tornam mais responsáveis e protagonistas da própria construção de conhecimento por meio de atividades lúdicas, que abrangem outros aspectos além das abordagens teóricas e práticas convencionais.

A gamificação na escola, na faculdade e em cursos livres pode se dar por intermédio da tecnologia, como na realidade aumentada, por exemplo.  Mas sua aplicação também acontece sem o auxílio de meios digitais ou eletrônicos: exercícios com dinâmicas de jogos que usam apenas a folha de papel ou a oralidade, também são exemplos de técnicas de gamificação.
 

Principais benefícios da gamificação na educação 

Esse método proporciona aprendizagem ativa, trazendo inúmeras vantagens para professores e estudantes. Confira os principais benefícios da gamificação na educação a seguir. 

1) Modalidade off-line, on-line ou híbrida 

As técnicas de gamificação na educação podem ser aplicadas de forma presencial, on-line ou híbrida. A evolução tecnológica, que levou ao desenvolvimento de novos meios digitais, e a fase de isolamento social durante a pandemia aumentaram as possibilidades de interação em rede.

No modo on-line, educadores podem, por exemplo, usar plataformas que permitem a customização de jogos e questionários. No off-line, há diversos jogos de tabuleiro e dinâmicas em grupo que aplicam os conceitos de uma maneira dinâmica e interativa. Para abordagens híbridas, games nos dois ambientes são combinados. 

2) Aprendizado personalizado 

Os jogos são elaborados conforme a faixa etária dos estudantes e os objetivos de ensino, ou seja, a gamificação na educação infantil tem propostas diferentes da que é feita em empresas. Essa personalização adequa as habilidades necessárias, produzindo resultados mais satisfatórios.

Além disso, permite que cada estudante aprenda no próprio tempo, respeitando as dificuldades e habilidades individuais. A vantagem das técnicas, nesse caso, é tornar o ensino gradual. Isso possibilita o aprofundamento em conteúdos iniciais e agiliza a revisão dos assuntos já dominados. 

3) Estímulo ao raciocínio lógico 

O uso da gamificação na educação estimula o raciocínio lógico, já que os estudantes ficam envolvidos em uma atividade com um direcionamento estratégico. Os recursos também ajudam a desenvolver o foco, já que é preciso seguir um passo de cada vez até alcançar o objetivo final. 

4) Assimilação do conteúdo na prática 

Os jogos com vivências reais fazem com que as pessoas relacionem a teoria à aplicação prática de forma assertiva. Assim, o conhecimento é mais bem aproveitado. Por exemplo, em algumas temáticas, os estudantes precisam propor soluções, pensar em consequências que seriam comuns na sociedade e apresentar exemplos pessoais. 

5) Estímulo ao engajamento 

Os estudantes se sentem mais estimulados quando têm tarefas com recompensas. Nesse sentido, os jogos aumentam o engajamento em sala de aula e deixam o ambiente mais divertido. O aprendizado acontece com tamanha naturalidade que, muitas vezes, passa despercebido. 

6) Desenvolvimento de habilidades 

Os jogos trabalham aspectos variados de hard e soft skills, como: interação social, relacionamento, responsabilidade, autonomia, comunicação individual e coletiva, entre outros. As habilidades desejadas podem ser incluídas na atividade. 

7) Uso em todas as idades 

A gamificação na educação pode ser usada para públicos de diferentes faixas etárias. Não existe idade para jogar e aprender!

Empresas, eventos corporativos, escolas de ensino infantil, fundamental, médio e superior são apenas alguns exemplos de instituições e situações que utilizam o recurso.

Como o método é versátil, é possível adaptá-lo conforme as necessidades e particularidades de cada grupo. Nessa metodologia ativa, o estudante se torna o promotor do conhecimento. O professor é apenas o orientador, para garantir que os objetivos de aprendizagem e a aplicação sejam alcançados. 
 

Como usar a gamificação na educação? 

Agora, é hora de saber como aplicar a gamificação na educação em diferentes ambientes. As técnicas de aprendizagem podem utilizar recursos on-line, físicos ou híbridos. Há diferentes formas de introduzi-las em abordagens variadas, como: 

• missões e desafios: estimulam a participação e o cumprimento de cada etapa do jogo; 

• atividades em time: exploram o trabalho em equipe e a comunicação entre os estudantes; 

• dinâmicas com progressão: o aprendizado é gradual e os pontos se tornam uma motivação para a participação.  

Durante os jogos, é possível utilizar elementos competitivos para ampliar a participação, como ranking e prêmios. Nesse caso, é necessário ter cautela para evitar exageros que podem dividir os grupos e desestimular quem não tem um desempenho satisfatório. 

Como se especializar em jogos na educação? 

Existem cursos livres e de especialização que capacitam educadores para aplicação dessa metodologia ativa para turmas de qualquer idade. No Senac São Paulo, o curso de pós-graduação em Jogos e Gamificação na Educação é uma ótima opção para quem deseja apostar em uma aprendizagem a partir de contextos reais com o método learning by doing: aprender fazendo. 

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