5 pontos que comprovam a importância do técnico de segurança do trabalho

Tire suas dúvidas sobre a profissão ao descobrir tudo sobre a formação e atuação profissional.

Imagem: três técnicos de segurança do trabalho vestidos com roupas e equipamentos de segurança olham e apontam para o centro da foto.

O ambiente laboral, isto é, o espaço de trabalho, precisa ser seguro para que as pessoas possam exercer suas atividades sem riscos. Esse é apenas um dos pontos que demonstram a importância do técnico de segurança do trabalho, cuja função é manter a saúde e proteger a integridade dos trabalhadores.

O técnico em segurança do trabalho assume uma série de responsabilidades dentro da empresa onde atua. Uma delas é a implantação e a gestão de diferentes procedimentos de proteção e saúde nos ambientes profissionais.

Essas e muitas outras atribuições foram definidas por lei em 1989, um importante avanço, depois da regulamentação da profissão, ocorrida quatro anos antes. Desde então, empresas são obrigadas a contratar profissionais de saúde e segurança do trabalho para compor o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho (SESMT), implantado por lei em 1978.

Apesar de tantos esforços, ainda é grande o desafio de reduzir acidentes e doenças ocupacionais no país. Você já pode imaginar a importância do técnico de segurança do trabalho, não é? E ainda há muito mais a ser descoberto sobre essa profissão. Continue a leitura e descubra mais detalhes a seguir! 

Quais pontos reforçam a importância do técnico de segurança do trabalho?


Para se ter noção da importância do técnico de segurança do trabalho, o Brasil registrou 612,9 mil notificações de acidentes na jornada trabalhista em 2022. Os dados foram obtidos pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, que apontou também um registro de 148,8 mil benefícios concedidos pelo INSS em decorrência dos acidentes.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que faz o técnico em segurança do trabalho, já percebeu como a profissão é indispensável e relevante ao mercado nos mais diferentes setores, certo? Então, aprenda mais sobre as normas e exigências da atuação e tire suas dúvidas para apostar nesta carreira! 

Profissionais de segurança do trabalho tem muitas oportunidades no mercado.

1) Contratação obrigatória do técnico em segurança do trabalho 

Em 1978, o Brasil foi eleito campeão mundial em número de acidentes trabalhistas. Nesse ano, houve mais de 1,5 milhão, segundo registros da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Diante desse panorama, o então Ministério do Trabalho criou, no mesmo ano, o SESMT, por meio da Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4). Essa é uma das 37 NRs disponíveis que fazem parte da Portaria nº 3.214 de 1978, com a finalidade de promover saúde e segurança às pessoas nos ambientes trabalhistas. 

Quem faz valer essas normas? 

Caso esteja se perguntando onde o técnico de segurança do trabalho pode atuar, saiba que a NR-4 determina a obrigatoriedade da presença desse profissional nos vários segmentos econômicos dos setores público e privado. Alguns exemplos são: agricultura, indústria, fábrica, metalúrgica, construção, comércio e serviços.

A obrigação e a quantidade de técnicos contratados pela empresa dependem do número de trabalhadores e da intensidade do risco a que eles estão expostos. Os graus vão de 1 a 4: muito baixo (1), baixo (2), médio (3) e alto (4). Os exemplos de contratação são:

  • grau de risco 1 (bancos) - a partir de 500 trabalhadores;
  • grau de risco 2 (instituições de ensino) - a partir de 500 trabalhadores;
  • grau de risco 3 (cultivo de cana de açúcar) - a partir de 100 trabalhadores;
  • grau de risco 4 (metalúrgica de alumínio) - a partir de 50 trabalhadores. 

2) Ações que preservam a saúde e segurança no ambiente do trabalho 

A importância do técnico de segurança do trabalho se dá principalmente pela função de prevenir os acidentes e as doenças ocupacionais. Consequentemente, esse grupo de profissionais promove a proteção e a saúde dos colaboradores das empresas.

Muitas das normas são comuns a todos os segmentos de empresas. Elas indicam o controle dos principais riscos a que o trabalhador pode estar sujeito no serviço: 

  • risco biológico - bactéria, vírus, fungos, parasitas; 
  • risco físico - ruído, temperaturas extremas, radiações, umidade; 
  • risco químico - poeira, vapores orgânicos, névoas; 
  • risco ergonômico - mobiliário, esforço físico, postura; 
  • risco de acidente - corte, queda. 

Dependendo da característica da atividade, a exposição a um dos riscos pode ser mais intensa. Cabe ao técnico identificar, reconhecer, analisar, monitorar e antecipar-se aos perigos existentes no ambiente de trabalho. O profissional deve propor medidas corretivas e/ou preventivas, quando aplicáveis, sempre comunicando os responsáveis da companhia. 

Na prática 

A primeira ação em qualquer segmento de atuação do técnico é analisar as condições do ambiente, conferindo:

  • áreas comuns como alojamentos, refeitórios, vestiários; 
  • riscos ambientais; 
  • dificuldades encontradas pelos trabalhadores; 
  • números dos acidentes e respectivas causas; 
  • uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs). 

Por meio dos programas de segurança do trabalho, os técnicos indicam os riscos e as ações para corrigir, eliminar ou minimizar os problemas, pensando em fortalecer a prevenção de acidentes e doenças no ambiente laboral. Além disso, ele orienta os trabalhadores por meio de treinamentos com base nas normas regulamentadoras. 

3) Oportunidades de trabalho diversas 

Devido à importância do técnico de segurança do trabalho, há um amplo campo de atuação profissional em diferentes segmentos econômicos, como: 

  • indústria - metalúrgica, siderúrgica, automobilística; 
  • indústria extrativa - carvão mineral, petróleo, minério; 
  • fábrica - bebidas, produtos têxteis, celulose; 
  • serviços de saúde - hospitais, clínicas, laboratórios; 
  • comércio - hipermercados, shoppings, lojas de departamentos; 
  • agricultura, pecuária e pesca; 
  • consultorias especializadas. 

As oportunidades vão além da carteira assinada: é possível abrir a própria empresa. Uma das possibilidades é a consultoria para prestação de serviços de segurança do trabalho para outras organizações. Neste caso, a pessoa técnica é responsável por auditorias internas, treinamentos, elaboração de documentos e programas de saúde e proteção trabalhista.

O técnico também pode atuar como representante em empresas que comercializam EPIs, equipamentos de emergência e de higiene ocupacional. Para isso, o profissional precisa conhecer e dominar os instrumentos. 

4) Formação é tudo nessa profissão 

Essa área é multidisciplinar, que requer um preparo adequado e constante atualização. A formação é detalhada e precisa abordar todas as NRs com suas devidas aplicações. Caso esteja se perguntando quanto tempo dura o curso técnico de segurança do trabalho, saiba que esse detalhe pode ser variável.

A maioria dos cursos tem 1.200 horas de aprendizagem, cursadas em cerca de 1 ano e meio. Você pode iniciar a formação a partir do segundo ano do ensino médio. Parte dos estudos teóricos é vivenciada em situações reais do mercado: estudantes começam a ter contato com empresas em visitas técnicas.

Durante a visita, é possível fazer uma análise do ambiente de trabalho e propor soluções de segurança para o projeto de conclusão do curso. Ele deve ser feito de acordo com a exigência das normas.

A formação continua depois do curso técnico, pois a atualização do conhecimento é essencial para acompanhar as mudanças da legislação, conhecer novos equipamentos do mercado e ampliar o campo de atuação. 

Conheça opções de especialização técnica 

Depois de concluir a formação, é possível fazer uma especialização técnica. Entre as possibilidades está o curso de Higiene Ocupacional, que tem foco na utilização de instrumentos para avaliar e qualificar os riscos nos ambientes de trabalho, e, assim, evitar doenças ocupacionais. Outras opções são: 

  • Construção Civil: aborda os riscos e equipamentos (EPIs) com foco na NR-18, voltada para a indústria da construção civil; 

  • Meio Ambiente: importante para quem trabalha em segmentos que lidam com impacto ambiental. O estudo gira em torno das normas deste fator, como a NR-25, que regulamenta o destino do resíduo industrial. 

O olhar atento e o trabalho coletivo são essenciais para fazer a ronda de segurança.

5) Perfil para atuar nessa profissão e remuneração da área 

Para exercer as funções previstas, é preciso desenvolver algumas características e habilidades de destaque da área, como: 

  • saber lidar com pessoas de todos os níveis hierárquicos;
  • ter disciplina e organização;
  • ter interesse por tecnologia;
  • atualizar-se constantemente; 
  • ter disponibilidade de horário para o trabalho e viagens. 

Remuneração salarial 

Afinal, quanto ganha um técnico em segurança do trabalho? O piso salarial varia conforme o sindicato de cada categoria, segmento e estado brasileiro. O Sindicato dos Técnicos de Segurança de São Paulo (Sintesp), por exemplo, estabeleceu o piso salarial de 2023 da seguinte maneira: 

  • indústria - cerca de 3 salários-mínimos federais; 
  • construção civil - cerca de 3,3 salários-mínimos federais; 
  • comércio - cerca de 3 salários-mínimos federais; 
  • engenharia consultiva - cerca de 3,2 salários-mínimos federais; 
  • hospitais filantrópicos da capital - cerca de 3 salários-mínimos federais; 
  • hospitais e clínicas particulares da capital - cerca de 2,7 salários-mínimos federais. 

Comece sua especialização na área pelo Senac SP! 

E aí, gostou de saber da importância do técnico de segurança do trabalho? Se você se interessou pela área agora é a hora de começar a estudar para ter mais chances de ingressar no mercado. Conheça os cursos do Senac São Paulo e faça sua matrícula! 

 

BARRA DE PROGRESSO - FINAL DO CONTEÚDO

Coordenação de desenvolvimento da área de Segurança e Saúde no Trabalho do Senac São Paulo.
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