Você sabe o que faz um gestor de projetos sociais? Essa área de atuação é procurada por quem se interessa por iniciativas de impacto positivo para sociedade. O foco é resolver problemas estruturais a partir de mudanças e transformações no dia a dia.
Se você deseja seguir essa carreira, é importante saber mais sobre as atividades desenvolvidas pelo gestor de projetos sociais. A seguir, compreenda como é o percurso da formação até o mercado de trabalho, que oferece oportunidades variadas. Para isso, continue acompanhando o conteúdo a seguir!
Conheça a atuação do gestor de projetos sociais
De modo geral, um gestor de projetos sociais desenvolve propostas específicas, pensadas para atender as necessidades de um determinado público e local. Sua articulação é fundamental para fazer as ideias saírem do papel e atingirem os resultados esperados, isto é, atendendo positivamente às necessidades das pessoas.
Toda articulação da gestão de projetos sociais acontece em um espaço nomeado pelo setor como "território". O termo representa a comunidade na qual o grupo de profissionais da área atua e tudo o que ela envolve:
- líderes comunitários;
- trabalhadores;
- moradores;
- comércio;
- escolas;
- hospitais;
- órgãos públicos e privados;
- unidades de saúde;
- instituições e transportes públicos;
- entre tantas outras coisas que existem num local.

Em meio a todos os integrantes do território, a pessoa responsável pela gestão de um projeto social deve pensar em cada uma das cinco etapas da iniciativa:
- início: identificação de uma necessidade a ser trabalhada;
- planejamento: estruturação de cada etapa a ser realizada;
- execução: pontapé inicial do desenvolvimento do plano;
- monitoramento: acompanhamento dos passos;
- finalização: identificação dos resultados e possíveis melhorias.
Cinco desafios da rotina da gestão de projetos sociais
Não são apenas os elementos citados até aqui que definem o que faz um gestor de projetos sociais. Cada uma das etapas pode ter diferentes desafios, que devem ser solucionados pela gestão a fim de alcançar resultados positivos. Confira outras atribuições da profissão a seguir.
1. Firmar parcerias para a mobilização
O primeiro passo é fazer um diagnóstico para saber se o projeto atende às necessidades da comunidade. Se sim, ou seja, se a proposta trouxer um diferencial para o local, é hora de negociar e mobilizar parcerias para implantá-la.
Em um projeto de geração de renda num bairro da periferia, por exemplo, a gestão propõe a criação de oficinas de culinária para mães desempregadas. Com o trabalho em equipe, o gestor ou gestora de projetos sociais vai articular e pedir apoio a pessoas da comunidade para desenvolver essa ideia.
Nesse caso, uma parceria válida seria firmada com comerciantes locais, como donos ou donas de supermercados, que poderiam colaborar fornecendo ingredientes para as aulas. E por aí vai!
2. Ter um olhar socioambiental e de desenvolvimento local
Quem trabalha na área precisa ter uma visão ampla de desenvolvimento local para implantar um projeto autossustentável. Isso significa que, depois de garantir a transformação social, a iniciativa pode ser continuada pela própria comunidade.
Além disso, é interessante que o projeto social promova a responsabilidade das pessoas com o meio ambiente. O ideal é pensar globalmente e agir localmente. No caso das oficinas, por exemplo, as pessoas da comunidade podem:
- aprender receitas reaproveitando alimentos para evitar o desperdício;
- aplicar conceitos de reciclagem e consumo consciente;
- aprender a fazer um planejamento financeiro.
3. Usar a educação como ferramenta de mudança social
A área de educação é uma das mais importantes para firmar parcerias devido ao seu potencial transformador. Esse é um dos setores mais preparados para conversar, conscientizar e sensibilizar pessoas, principalmente crianças, quando o projeto prioriza esse público.
Muitas escolas costumam trabalhar com empresas e Organizações da Sociedade Civil (OSC), antes reconhecidas como Organizações Não Governamentais (ONGs), para avaliar globalmente o potencial e o impacto de um determinado projeto na comunidade.
4. Captar recursos
A capacidade de firmar parcerias engloba também a de captar recursos financeiros. Quem atua com a gestão de projetos sociais costuma ter um perfil vendedor e negociador. Para isso, é preciso dominar ferramentas de negociação e de apresentação de projeto, valorizando a ideia que transformará a comunidade.
5. Mediar conflitos
Por trás de uma boa ideia, há pessoas. Isso quer dizer que os conflitos são inevitáveis ¿ portanto, cabe à gestão de projetos sociais mediar as relações interpessoais com atenção e cuidado.
Daí a importância de o responsável pela gestão deste tipo de negócio ter conhecimento sobre mediação de conflitos, comunicação não violenta, estratégias de articulação para lidar com pessoas em estado de vulnerabilidade no dia a dia etc.
Quais são os tipos de projetos?
Além de saber o que faz um gestor de projetos sociais, vale entender quais são os tipos de iniciativas onde atuam. E a resposta é: depende. Os projetos podem acontecer simultaneamente, a depender da área de atuação; enquanto um projeto está na fase inicial de desenvolvimento, outro precisa de um plano de continuidade, por exemplo.
Muitas empresas investem na área de responsabilidade social para proporcionar o desenvolvimento local e melhorias na região onde estão instaladas. Outros projetos são iniciados internamente para beneficiar funcionários e funcionárias, como a disponibilização de alternativas educacionais para dependentes e outras ações estendidas aos familiares.
Ainda, há a modalidade de projetos que contam com a participação de trabalhadores das empresas para atender às necessidades da comunidade. Um exemplo são as campanhas do agasalho durante o inverno.
Outras possibilidades vão além do ambiente corporativo e passam pelas próprias comunidades e grupos maiores em torno de causas sociais, como:
- alimentação de pessoas em situação de rua;
- resgate de animais desabrigados;
- reforço escolar em comunidades;
- especialização para o mercado de trabalho;
- apoio psicológico.

Diferentes campos de atuação
Ao saber o que faz um gestor de projetos sociais, é possível imaginar onde tal profissional pode atuar. Departamentos de responsabilidade social de empresas privadas, órgãos públicos e ONGs são algumas possibilidades. Cada uma dessas atuações pode ter diferentes enfoques, como a saúde, o meio ambiente e a educação.
Em situações de calamidades, desastres e pandemias, por exemplo, há muito espaço de atuação para a gestão. Esse grupo de profissionais estuda para estar mais organizado e mais preparado para visualizar e atender às necessidades das pessoas em situações atípicas.
Outras características de quem atua nessa área são:
- cuidado para lidar com pessoas diversas, especialmente as em situação de vulnerabilidade;
- gosto por estudar e se atualizar tecnicamente;
- disciplina;
- afinidade com a tecnologia;
- facilidade para conversar e se relacionar.
Média salarial
A atuação não é regulamentada, portanto, o salário do gestor de projetos sociais é definido pela demanda do mercado.
A remuneração gira em torno de três salários-mínimos federais. Para compor essa média, são considerados alguns itens referentes ao projeto, como: complexidade das atividades, tempo de duração, período de envolvimento, definição do território etc.
Importância da formação
Para vencer os desafios, a especialização em gestão de projetos sociais se torna essencial, pois é necessário desenvolver uma base teórica e investir no aprimoramento técnico.
Há muitas opções de cursos que contribuem para essa formação. Para quem já se formou na graduação, a extensão universitária é uma alternativa com foco na especialização em gestão, consultoria e assessoria de iniciativas sociais, bem como no desenvolvimento das características esperadas na área.
Também é possível fazer um curso livre em Coordenação de Projetos Sociais, destinado a quem não tem graduação, mas finalizou o ensino médio. Essa formação é procurada por quem deseja se especializar em temas relevantes à área, como:
- desenvolvimento local;
- desenvolvimento socioambiental;
- proteção social básica;
- elaboração de projetos sociais sustentáveis.
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