Profissionais da enfermagem estão presentes em todas as fases da nossa vida: na assistência a bebês, crianças, adultos e idosos; nas campanhas de saúde; ou mesmo nos programas de reabilitação. Você sabia que essa profissão atua em diferentes frentes que requerem habilidades específicas da ciência do cuidado?
Quem escolhe uma profissão de enfermagem deve prestar atenção ao princípio da ética e precisa desenvolver atitudes profissionais essenciais, como o cuidado humanizado e a prevenção.
Por isso, se você está interessado em atuar nesse amplo mercado, saiba que as funções e responsabilidades dessa carreira dependem de alguns fatores, como a formação e o local de trabalho. Para entender tudo isso, continue a leitura e conheça as atuações profissionais da enfermagem.
Quais são as três principais atuações da enfermagem?
Ao escolher a área da enfermagem, você pode atuar em três funções fundamentais. Cada uma tem uma formação específica e desempenha diferentes atividades no dia a dia.
1) Auxiliar de enfermagem
Um dos profissionais de enfermagem é o auxiliar, que precisa da supervisão de um enfermeiro. Nessa função, as responsabilidades incluem atividades e procedimentos básicos e de baixa complexidade, como:
- fazer curativo simples;
- proporcionar medidas de conforto e higiene;
- realizar esterilização de materiais;
- prestar auxílio a pacientes a serem submetidos a cirurgias e exames.
Para trabalhar como auxiliar de enfermagem, é preciso fazer um curso de qualificação profissional. Durante a atuação no mercado de trabalho, o piso salarial é de 1,5 salário-mínimo em empresas com mais de 20 empregados e empregadas, segundo o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (SinSaudeSP).
Como forma de ampliar as possibilidades de atuação e crescimento profissional, é possível complementar a formação com um curso técnico em enfermagem. Nas aulas, os estudantes aprendem a trabalhar na recuperação da saúde, administrar medicamentos, monitorar o estado clínico dos pacientes e muito mais.
2) Técnico em enfermagem
Quem escolhe ser técnico em enfermagem também tem a supervisão de um enfermeiro, mas pode participar do planejamento da assistência aos pacientes e realizar atividades um pouco mais complexas. Entre elas, estão coletas para exames, preparação e administração de medicações.
A formação de profissionais da enfermagem para essa atuação também é de nível médio, mas é preciso fazer um curso técnico profissionalizante. Com a inserção no mercado de trabalho, o piso profissional é o mesmo do auxiliar (cerca de 1,5 salário-mínimo em empresas com mais de 20 empregados ou empregadas).
As oportunidades de trabalho para o nível técnico são grandes, havendo a possibilidade de especialização em um campo de atuação, como a instrumentação cirúrgica e a enfermagem do trabalho. Além disso, profissionais que desejam continuar estudando podem fazer um curso superior.
3) Enfermeiro
Para se tornar um enfermeiro, é preciso fazer um curso de uma faculdade de enfermagem. Profissionais com essa formação gerenciam os serviços de enfermagem, coordenam o trabalho de auxiliares e técnicos, assistem pacientes de alta complexidade e podem dar aulas.
Esses profissionais da saúde também têm boas possibilidades de assumir cargos administrativos e de gerência de equipes, por exemplo. Seguindo a mesma lógica das atuações anteriores, esta também tem variações salariais de acordo com as horas trabalhadas e a região de atuação.
Em São Paulo, por exemplo, o piso salarial varia de 2,5 a 3,5 salários-mínimos, também de acordo com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (Seesp).
Quem opta por essa profissão tem autonomia para exercer todas as atividades da área, desde prestar cuidados diretos até atuar na gestão de equipes de enfermagem. Por isso, toda instituição que oferece atendimentos de saúde precisa, obrigatoriamente, ter um enfermeiro na equipe.
Para profissionais que querem investir em setores específicos, existem diversas especializações. Gerenciamento em enfermagem, assistência domiciliar, cardiologia, neurologia e dermatologia são algumas opções.
Outras possibilidades de atuação
Também é possível atuar em processos de auditoria ou seguir a área acadêmica para dar aulas, buscando pela formação com mestrado e doutorado. Quem determina e fiscaliza essas funções são os Conselhos Regionais de Enfermagem (Corens).
Como atuar nas profissões de enfermagem?
Para cada profissão da enfermagem, há diferentes atribuições a serem exploradas. As principais oportunidades são orientação preventiva, equipes de salvamento, especialidades (como geriátrica, pediátrica, obstétrica, cirúrgica e psiquiátrica) e atendimento geral, de emergência, domiciliar e pré-hospitalar.
Os ambientes de trabalho também são inúmeros e podem ser no âmbito privado ou público. O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, é um dos maiores e mais abrangentes sistemas do mundo, que garante acesso integral, universal e sem custo para toda a população. Ele é uma grande área de atuação da enfermagem.
De forma geral, os locais de trabalho são: hospitais, clínicas e ambulatórios de especialidades médicas; serviços de emergência (como o Samu); centros de atenção psicossocial; instituições de longa permanência; empresas (enfermagem do trabalho); atendimento domiciliar (home care) etc.
Devido à importância da enfermagem para a sociedade e à seriedade da área, saiba que todas as funções são regulamentadas e exigem registro profissional para atuação!
Empreender ou não nas profissões de enfermagem?
Você escolhe! Os trabalhos com carteira assinada são os mais procurados, mas a formação profissional também permite atuar de forma autônoma na assistência domiciliar ou no atendimento em consultório, por exemplo. Porém, é importante estar de acordo com as determinações do Conselho Regional da área e ter adequação técnico-científica específica para cada caso.
Atualização constante e atendimento humanizado
Apesar de as funções e formações serem diferentes, todos os profissionais da enfermagem têm algumas características em comum. Uma delas é a necessidade constante de atualização, como em qualquer área da saúde. Cursos, treinamentos, programas de formação continuada e eventos, como palestras e congressos, precisam estar sempre no radar.
Isso permite o acompanhamento da evolução do setor e o trabalho de forma alinhada às tendências. Para ter boa profissionalização na área, além do domínio técnico-científico, é preciso:
- desenvolver visão crítica;
- praticar atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas;
- trabalhar em equipe;
- ter comprometimento e empatia.
Em uma área tão ligada ao cuidado com as pessoas, ter empatia por pacientes e seus familiares é fundamental para um atendimento humanizado. É preciso escutar com atenção as aflições e angústias das pessoas para, sempre que possível, esclarecer as dúvidas sobre o quadro clínico e o tratamento de forma transparente e fácil de entender.
Quem atua como profissional de enfermagem lida com pessoas que geralmente estão vulneráveis, e é parte do trabalho fazer com que elas se sintam amparadas em um momento de fragilidade.
Lembre-se: o cuidar não se limita a alterações clínicas, ao que pode ser visto e mensurado; ele também envolve compreender e acolher sentimentos e emoções do paciente.
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